Traição

Traição

Hoje eu decidi escrever sobre um tema muito delicado: TRAIÇÃO. Vamos começar igual depilação com cera quente: rápido e com dor hahaha.

Neste texto eu vou focar em um dos conceitos que eu, particularmente, acredito que está mais intimamente ligado à traição, que é a perda da confiança. Quem já lê meus textos sabe que eu não acredito em fórmula mágica e nem em soluções simples para questões complexas. A perda da confiança é uma situação tão difícil para alguns casais que às vezes nunca é, de fato, superada.

Quando ocorre a traição, acredito que o primeiro “diagnóstico” precisa ser sobre a relação em si. O que estava “faltando” (ou não estava) alinhado para que um dos parceiros desse vazão a este desejo?

O segundo aspecto que considero importante é que não existe o papel do malvado e do bonzinho. Uma relação em que há traição provavelmente já não está bem há algum tempo. Talvez existam faltas importantes de comunicação entre este casal. Então não adianta apenas dizer que quem traiu errou, e o outro foi vítima. Até porque muitas das vezes nós sabemos quando a relação não anda bem e, mesmo assim, decidimos seguir em frente e ignorar alguns sinais claros.

Por exemplo, sabemos quando a nossa relação é saudável e a comunicação existe e também e sabemos quando o outro não está tão a fim de estar na relação, mas às vezes continuamos porque é bom ter alguém ou porque já estamos naquele relacionamento há algum tempo e seria difícil terminar. Isso já aconteceu com você?

Quando assunto é traição, outra ideia que me preocupa muito é o fato de várias mulheres entenderem como normal o homem trair apenas por ser homem. Para as mulheres que pensam assim, precisamos analisar aspectos mais profundos de autoestima e, principalmente, analisar por que uma mulher se dispõe a ficar em uma relação com traições constantes e por que ela entende que este tipo de relação é o melhor que ela merece ter.

É necessário analisar a relação de forma sóbria e racional, para decidir se você deseja ou não continuar vivendo nesta relação, mas o principal é entender qual é a razão desta relação chegar neste estágio. Vale lembrar: relacionamento é via de mão dupla, sempre são duas pessoas envolvidas.

Se o seu parceiro disse que se arrependeu e decidiu mudar, aí vai uma dica importante: ninguém muda do dia para noite. Você pode decidir agir diferente e essa decisão é instantânea, mas a consolidação das mudanças é um processo e leva tempo. Por exemplo, você pode decidir ser mais saudável, mas é a constância do ato de se alimentar melhor e se exercitar diariamente que te levarão a uma vida mais saudável. O mesmo se dá para mudanças de comportamento. Tomamos uma decisão, mas precisamos de algum tempo para implementar e manter essa mudança, até que aquele novo comportamento se consolide. Pensando neste aspecto, me fala uma coisa: você está disposta a esperar o tempo necessário para que esta mudança seja efetivada?

Caso você tenha decidido perdoar e reatar a relação isso não significa que esqueceu, colocou uma pedra por cima e nunca mais se fala sobre isso. Se esta situação ainda está lhe causando dor e sofrimento é sinal que ainda não está curada, então é necessário que ambos conversem e dialoguem melhor sobre isso. Tem aspectos que fazem toda a diferença, por exemplo, se a traição se deu por uma circunstância específica ou se foi um caso extraconjugal que durou anos. Neste segundo caso, já incluímos a deslealdade como agravante.

Mas calma, há sempre luz no final do túnel. Muitos casais usam a traição como um “degrau”, analisando de forma madura a relação e trabalhando ATIVAMENTE para melhorar. A partir deste tipo de ação podemos falar sobre superação da traição e, para isso, é necessário autoresponsabilidade. Quando entendemos qual foi a série de ações que levaram ao desgaste e culminar na traição.

Posso escrever um livro sobre traição kkkk. É um assunto muito complexo e com muitas nuances. Eu faço terapia de casal. Caso você queira perguntar sobre algum aspecto específico pode me mandar inbox ou sugerir uma continuidade deste texto… É só pedir que eu escrevo.

Para saber mais sobre atendimentos e mentorias

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Jessica Fayer

Psicóloga, Mestre em Saúde pela Faculdade de Medicina (UFJF) e Especialista em Saúde Mental, Políticas Públicas e Gestão Governamentala

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